Tudo por um pirarucu de casaca

Talvez esta viagem não tivesse acontecido se Dona Raimunda do Perpétuo Socorro da Silva não tivesse desembarcado no Rio de Janeiro, há muitos, com um pirarucu de casaca, muito bem embalado, prontinho, ainda quente. Foi quando se deu o caso. Na época pré adolescente, Rô, hoje minha companheira, foi irremediavelmente fisgada pelo paladar do prato. Pode-se dizer que, numa inversão de atitudes, o peixe, ele mesmo, a pegou pela boca. Não qualquer peixe: o pirarucu. Não preparado de qualquer forma: de casaca. À minha curiosidade em relação ao prato, somava-se o salivar da Rô cada vez que se falava nele. E a ambos, nossa vontade de subir o Rio Amazonas. Dona Raimunda começou a traçar o roteiro de nossa viagem, á decadas . Embarquem na história desta viagem cheia de aventuras e gosturas